26 de set. de 2009
Porta Pro? Mr Mix clona fone da Koss...
23 de set. de 2009
Rafaella Manville é matéria no DN
Antes de embarcar para a Bahia, a paraibana com o coração cearense concedeu uma entrevista exclusiva ao Zoeira para falar da nova fase da carreira. Rafaela Manville, 22 anos, é a nova aposta da Caco de Telha - a produtora de Ivete Sangalo. A cantora foi convidada a ser a vocalista da banda Kondendê, considerada a revelação do Carnaval de Salvador.
Empolgada, Rafaela explica que tudo aconteceu de uma forma muito rápida. "Eles vinham cogitando a possibilidade há mais ou menos um mês. E fechamos o contrato há duas semanas".
Mesmo assim, ela já fez a mudança para a Bahia, escolheu junto com o figurinista da banda as peças que usará em shows e fotos de divulgação e até já ensaiou com os músicos. "Estamos preparando o repertório bem forte para o verão e para o Réveillon. Vem tudo novo por aí. Tem uma pitada de Rafinha em tudo. Faço questão de colocar um pouco do que é minha cara em tudo o que faço".
Reviravolta
O que poderia causar medo em muita gente, é apenas um detalhe para esta jovem artista. Mudança é uma palavra constante em sua vida. Quando Rafaela tinha apenas 12 anos, veio da Paraíba para o Ceará com a mãe, em busca de um maior espaço para seu talento.
"Da mesma forma que não tive medo de vir pra Fortaleza naquela época, não tenho agora. Acho que vai ser muito bom por estar na terra do axé, com uma cultura toda voltada para esse estilo musical. Além do mais, estou sendo muito bem recebida por eles", diz.
Tanto é assim que ela decidiu tomar uma decisão que vai de encontro à maioria. Normalmente, um cantor opta pela carreira solo após uma passagem por bandas. Rafaela está entrando na Kondendê já tendo estabelecido seu nome.
"Não sinto nada de negativo em ir para a banda. Essa união está sendo muito válida para o propósito que eu tenho de levar o axé de qualidade, o que eu acredito a um número cada vez maior de pessoas. Nunca meu foco esteve na figura humana, na mulher Rafaela, e sim na música que levo", ressalta.
Estréia
Como coragem é o que não falta a essa menina-mulher, a estréia à frente da Kondendê acontece no início de outubro em um show no Piauí Fest. "Já vou estrear numa micareta que terá grandes nomes da música baiana. Estou felicíssima. O que chama atenção é o fato deles terem procurado por aqui um nome forte para assumir a banda. Fico ainda mais orgulhosa", deixa escapar.
O orgulho de Rafaela só não parece ser maior que o carinho que tem pelos fãs. Ela reconhece que sentirá falta das demonstrações afetivas que sempre recebeu aqui, mas que estará sempre vindo à terra que lhe adotou de coração para matar essa saudade.
"Meus fãs são meus amigos também. Vou estar um pouco mais longe agora, mas com certeza vou tocar muitas vezes aqui. O Ceará aceita muito bem essa proposta do axé raiz do Kondendê. Mas meus fãs são os que mais torcem pela minha carreira e ficam felizes também com essa oportunidade", diz essa morena que tem bem mais que dendê. Rafaela é uma verdadeira pimenta!
KARINE ZARANZA - Diário do Nordeste 23/09/09
22 de set. de 2009
A volta dos lendários - Nashville volta ao mercado de amplificadores
13 de set. de 2009
Bares adotam medidas para regularizar sons
De julho até hoje, 121 bares e restaurantes já foram visitados pela Semam. Desse total, 71 foram embargados.
Cresceu pelo menos 60% a procura de donos de bares e restaurantes de Fortaleza por orientações sobre como regularizar a situação de seus estabelecimentos no que diz respeito à emissão sonora. Quem revela é o coordenador da equipe de Controle da Poluição Sonora, da Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), Aurélio Brito. De acordo com ele, a preocupação dos empresários aumentou depois que a fiscalização foi intensificada - mais ainda depois que bares do entorno do Centro Dragão do Mar foram embargados na semana passada. "Eles estão se antecipando e isso é ótimo", avaliou.
De julho até hoje, 121 bares e restaurantes já foram visitados por fiscais da Semam. Desse total, 71 foram embargados. "Foram cinco anos apenas alertando, notificando. Já estava mais do que na hora de fazer a lei ser cumprida", declarou Aurélio.
A reportagem do Diário do Nordeste percorreu, na noite da última quinta-feira, alguns estabelecimentos para saber qual a opinião dos proprietários sobre a política de tolerância zero da Semam no combate à poluição sonora. Apesar das reclamações da vizinhança, os proprietários do bar Baião de Dois, no Bairro de Fátima, garantem que estão funcionando dentro da lei.
Um deles, Pierre Galdino, declarou que antes e depois de obter a autorização, técnicos estiveram no local avaliando as condições físicas do local e sugerindo que mudanças precisavam ser feitas. "Fizemos tudo o que foi pedido. Compramos até as caixas de som indicadas por eles", contou. "Além disso, encerramos a música, no máximo, meia-noite e meia".
No Barôlla, que fica na Aldeota, os responsáveis não quiseram dar entrevista. Disseram apenas que a fiscalização já havia passado por lá, que eles tinham conhecimento das irregularidades e que o bar será fechado no próximo dia 25 para reforma. Será reaberto um mês depois, quando estiver atendendo às especificações da lei.
Fiscalização
As equipes da Semam cumprem, diariamente, roteiros-surpresa. Durante o dia, o alvo são academias de ginástica, igrejas, templos e shopping centers. À noite, é a vez dos bares e restaurantes, principalmente às quintas, sextas, sábados e domingos. Durante as visitas, são medidos os níveis de emissão sonora e se o local possui a documentação exigida pela Prefeitura. Os estabelecimentos podem ser enquadrados por falta de autorização ou por poluição sonora.
Um dos pontos da lei trata dos limites os quais as casas devem respeitar: máximo de 70 decibéis, até as 22 horas, e de 60 decibéis, após esse horário. A medição não é feita numa área de dois metros após os limites dos logradouros. "Nesses locais, o volume não pode ultrapassar os limites", diz Aurélio Brito.
Ele explica que 60 decibéis equivale ao som de uma conversa entre duas pessoas próximas a um aparelho de ar-condicionado ligado. Já 70 decibéis corresponde ao nível médio de ruído em grande parte das ruas mais movimentadas de Fortaleza. Numa boate, o valor pode chegar a 110 decibéis.
2 de set. de 2009
O ritmo que movimenta milhões
(Do Portal O Povo Online, Dalviane Pires) - Tudo começou na década de
“Madrugada entrando
E o fole gemendo
Poeira subindo
E o suor descendo”
(Luiz Gonzaga e Luiz Ramalho)
Se o rei do baião, Luiz Gonzaga, estivesse vivo, certamente estaria vendo de forma “amoada” a transformação que o forró sofreu a partir da década de 90. É que a música nordestina que o Gonzagão tanto propagou é hoje ficha miúda diante da formação de grandes grupos de forró que atraem, a cada festa, milhares de pessoas, formando uma cadeia produtiva milionária com geração de emprego e uma renda distribuída de forma pouco democrática. Com base no relatório “Arranjo Produtivo do Forró em Fortaleza”, coordenado pelo doutor em Economia e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jair do Amaral Filho, O POVO mostra como é distribuída a riqueza gerada pelo forró, a organização dessa cadeira produtiva e os segredos para que uma banda faça sucesso.
Através do relatório, Jair reforça a larga difusão do forró no Brasil como gênero musical, entretenimento e relação social. “Reivindicá-lo como produto de uma localidade seria um exagero cultural. No entanto, após a realização da pesquisa ficou claro que o epicentro da ‘indústria musical do forró’ se localiza em Fortaleza”, pontua o coordenador complementando que o próprio ambiente da cidade, que é turística e com vocação para o entretenimento, facilita a consolidação dessa indústria.
Negócio
O forró como negócio surgiu com o empresário Emanuel Gurgel. Foi com ele que as festas - na época tímidas e restritas às classes mais populares quando se tratava de forró - ganharam status de shows e tiveram o público multiplicado e diversificado no que diz respeito às classes sociais. A partir de então, outros empreendedores passaram a ver no forró um modo interessante para ganhar dinheiro. O forró hoje é business, fazendo cair por terra a ilusão de que bastava um punhado de bons músicos e boa vontade para fazer um hit estourar nas rádios, garantindo assim o sucesso necessário parar lotar casas de shows.
Pelo relatório, Jair argumenta que o sistema produtivo do forró em Fortaleza entendido como indústria musical, apesar de relativamente recente, impressiona pela presença de uma grande quantidade de agentes, pelas interações produzidas, pelo espaço ocupado na mídia, pelos mercados conquistados dentro e fora do Ceará, e pelo volume de emprego e renda gerados. “Não há dados sistematizados capazes de informar sobre a dimensão quantitativa nem sobre sua importância na economia local, mas existem alguns indicadores que podem sugerir pistas a serem seguidas no sentido de começar a montar um sistema de contas para essa atividade econômica e cultural”, pontua Jair.